Os Celtas


Os Celtas foram um conjunto de povos, organizados em múltiplas tribos, que, segundo alguns historiadores, tiveram origem numa região da Áustria.
Daí espalharam-se pela maior parte do oeste da Europa a partir do segundo milénio a.C.. Ocuparam um vasto território desde a península Ibérica até à Turquia.
Boa parte da população da Europa ocidental pertencia às etnias celtas até os territórios onde viviam serem conquistados pelo Império Romano.
Apesar de a maioria dos povos celtas ter sido conquistada, e mais tarde integrada, pelos Romanos, o modo de vida celta sobreviveu em grande parte dos locais que habitavam.
Os Celtas como grupo e raça, há muito que desapareceram, excepto na Irlanda e nas Terras Altas da Escócia.
A Irlanda é uma das regiões mais marcada pela cultura celta.
Outras regiões europeias que também se identificam com a cultura celta são o País de Gales, a Cornualha (Reino Unido), a Gália (França, e norte da Itália), o norte de Portugal e a Galiza (Espanha). Nestas regiões os traços linguísticos celtas sobrevivem nos topônimos, nalgumas formas linguísticas, no folclore e nas tradições.
Para os celtas, a natureza era a expressão máxima da Deusa Mãe e por isso, embora a sociedade celta não fosse matriarcal, a mulher era soberana no domínio das forças da natureza.
A natureza era a companhia do homem primitivo. Ela fornecia abrigo e alimento e, em retorno, a humanidade reverenciava-a. As religiões primitivas louvavam as pedras e montanhas, os campos e florestas, os rios e oceanos.
A Voz da Floresta é uma ponte mítica entre o mundo dos deuses e o dos homens, por isso os Celtas veneravam as árvores.
Para eles, as raízes das árvores habitam o solo, o conhecimento profundo da Terra, e o tronco une as raízes ao céu, trazendo este conhecimento à luz.
A religião celta era politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses, sendo os ritos quase sempre realizados ao ar livre.
Basicamente a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe e enfatizavam igualmente o mar e o céu e acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações.
Não admitiam que a Divindade pudesse ser cultuada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim, faziam dos campos e das florestas, principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais das suas cerimónias e reuniam-se nos círculos de pedra.
Eles admitiam como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer, mas que com certeza cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os actos que livremente praticasse. Toda a acção era livre, mas traria sempre uma consequência, boa ou má, segundo as obras praticadas.
A realização das cerimónias celtas não se prendia somente ao lugar, também tinham muito a ver com a época do ano, com determinadas efemérides, por isto ocorriam em datas precisas, ocasiões em que as forças cósmicas mais facilmente interagiam com as forças telúricas. Os celtas sabiam que a energia telúrica sofria reflexões e refracções ao tocar coisas materiais, tal como ensina actualmente o Feng Shui, por isto é que eles praticavam seus rituais religiosos totalmente despidos. Isto não tinha qualquer conotação erótica, era antes um modo para a energia não ser impedida ou desviada pelas vestimentas.
Também tinham conhecimentos de como viver em harmonia com a terra, da importância de manterem a terra sadia, assim sendo evitavam mutilá-la.
A bravura dos Celtas em batalha é lendária. Eles desprezavam com frequência as armaduras de batalha, indo para o combate de corpo nu. Os homens e as mulheres na sociedade Celta eram iguais; a igualdade de cargos e desempenhos eram considerados iguais em termos de sexos. As mulheres tinham uma condição social igual á dos homens sendo muitas vezes excelentes guerreiras, mercadoras e governantes.

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